Pelo direito de ser dublê de rico bebendo Heineken e Stella por status

(escrito por Bruno L.) Eu li essa semana a opinião de uma pessoa criticando consumidores de Heineken e e Stellaafirmando que os mesmos o faziam por causa de status social e não pelo sabor da cerveja. Aturminha da lacração se incomoda com tudo que é diferente de sua bolha histérica. Politizam eenxergam guerra de classes em tudo: em tomar banho e ficar cheiroso, em curtir personagensde HQs como o Batman, em buscar malhar e cuidar do corpo, em ser feliz, em ir à igreja e etc.Esses seres autoritários e convencidos acreditam serem superiores moralmente aos demais e,consequentemente, supõem terem o direito de mandarem e exigirem obediência,determinarem padrões, escolhas e comportamentos alheios embora não tenham competênciapara tal e fujam das responsabilidades e riscos nas horas mais críticas.Pois é. Sobrou agora para quem bebe cerveja Heineken, Stella, Spaten ou qualquer outracerveja importada que tenha garrafinha verde. Incrível que para essa gente temos que ter asmesmas vontades, objetivos, valores e preferências.O indivíduo faz a escolhas segundo seus próprios critérios e isso não pode ser tratado de formaobjetiva. Eu gosto de Heineken, uns gostam de Brahma, outros gostam de Itaipava. Conheçoum cara que ama beber a Glacial… e assim fazemos ao escolhermos roupas, passeios,refeições, viagens, empregos, carros e etc. Somos todos diferentes. E está tudo bem quanto aisso.Incrível que tudo que ele descrevia era como se fosse uma constatação absoluta, o sujeito pormeio de seu provincianismo desferiu “pontapés” nos consumidores das cervejas de garrafinhaverde legando faltar-lhes instrução, que beber socialmente era algo atrelado á preocupaçãocom status, que a maioria das pessoas desconheciam cervejas artesanais, que não se importarcom marcas de cerveja seria o correto comportamento de um bom apreciador decerveja…enfim…por várias vezes chamou os consumidores das cervejas de garrafinha verde dedublês de ricos por estarem mais preocupados em “luxar” do que degustar.Percebi militância e inveja.Em pleno século XXI o sucesso ou prosperidade alheia virou ofensa e a inveja se normalizou ese tornou arma política.Irei descrever o valor ser subjetivo para cada ser humano e em seguida irei pontuar sobre ainveja que no caso foi direcionada aos consumidores que se deixam levar pelo verde da“vaidade”.Valor SubjetivoA economia como ciência moral demonstra isso muito bem através de muitos pensadoreseconomistas favoráveis ao livre mercado:David Hume define o prazer de um indivíduo ao adquirir item desejado: “Os objetos nãopossuem nenhum valor em si mesmos, absolutamente; o seu valor resulta exclusivamente dapaixão”. E esta, naturalmente, será sempre subjetiva, irá depender de cada indivíduo. O queum estima, o outro pode detestar. O verdadeiro “equilíbrio” será atingido sempre que aspartes realizam uma troca voluntária, já que naquele determinado momento, julgam-na mutuamente benéfica. Ao longo de nossa caminhada podemos mudar de idéia quanto ao valorque um determinado bem tem para nós, é o que nos diferencia dos robôs.Mises, em seu clássico Human Action (páginas 43 e 44), descreve as escolhas individuais deforma brilhante e categórica:“…uma vez que ninguém tem condições de substituir os julgamentos de valor de um indivíduopelo seu próprio julgamento, é inútil fazer julgamentos dos objetivos e das vontades de outraspessoas. Ninguém tem condições de afirmar o que faria outro homem mais feliz ou menosdescontente. Aquele que critica está informando-nos o que imagina que faria se estivesse nolugar do seu semelhante, ou então está proclamando, com arrogância ditatorial, ocomportamento do seu semelhante que lhe seria mais conveniente.”Uma obra de Loenardo da Vinci pode ser mensurada pelo que foi gasto com papel, tinta elápis? O preço do passe do Neymar é pelo tempo que ele passou dentro de um clube, com oque o clube gastou com alimentação, transporte, chuteiras e não pela habilidade e capacidadede ser imprevisível e genial com a bola nos pés?A quantidade de trabalho que é executado por uma pessoa em nada diz sobre o valor final doque ela produz. Este irá depender das preferências dos consumidores, da avaliação subjetivaque estes fazem no livre mercado. Por isso caras como Neymar, CR7, Messi e outros podemganhar milhões e um professor acabar pobre. Por isso teoria valor -trabalho não funcionaassim como dizer que todos os seres tem as mesmas preferências e objetivos, ou os mesmospadrões de comportamento como no caso de todos que escolhem a cerveja de garrafa verdenão ser pelo sabor e sim pelo fato de desejarem se exibir. Pensar dessa forma sobre as pessoasé no mínimo mentecapto.A InvejaGary North disse:Uma pessoa consumida pela inveja compara o que tem com o que têm os de outro CEP, eamaldiçoa o universo porque não fez o mesmo. Não podendo fazer nada sobre o universo, elese contenta em votar em políticas que tirarão a vantagem que os moradores do outro CEPpossuem.Quando pessoas de talentos variados perseguem seus objetivos de forma responsável, semrecorrer à fraude ou à violência, o resultado é a desigualdade. Por que? Porque as pessoas têmhabilidades, capitais, experiências, posses e oportunidades diferentes.Simples.Por fim, vivemos em um mundo onde atualmente os fracassados querem que os outros sejampunidos por suas péssimas escolhas. Querem impor a sua ideologia fracassada que nuncafuncionou economicamente e socialmente. Coletivismo e positivismo querem determinarpensamento e preferências. Como dizia Mises, todo socialista é um ditador em potencial.

Cidades Privadas

(escrito por Bruno L.) Se você que percebeu que não possuímos liberdades e sim concessões dentro do modelo estatal implementado em todo o mundo e entende que este modelo somente trouxe prejuízo na esfera moral, social e econômica a grande maioria da sociedade então pense em uma cidade privada livre, onde um grupo gestor privado adquire território e a autonomia regida sob contrato junto a autoridades do país local para prover a governança da região adquirida. Uma cidade que será regida por livre mercado laissez faire possibilitando rápido crescimento econômico e melhora significativa de qualidade de vida. Vantagens dessa operação privada com abordagem aos seguintes aspectos: – Para direitos e obrigações claros, contratualmente definidos. – O operador/grupo gestor não pode mudar o contrato social unilateralmente (como é o caso dos estados através de leis promulgadas). – Defesa dos direitos de propriedade. Resolução de disputas. – Independência Judicial de tribunais ativistas marxistas – Secessão para livre escolha de novo distrito ou nova cidade – Eficiência executiva, transparência. Desregulamentação. – Pró-concorrência, crescimento E investimento. – Acesso livre sem burocracia, cartórios, tarifas, fiscais, alvarás ou qualquer outra ferramenta de extorsão. – Estabilidade política – Os residentes pagam uma taxa anual por serviços de infraestrutura, justiça e segurança. – Regras trabalhistas flexíveis tratadas diretamente entre colaboradores e empreendedores. – Princípios claros. – Transparência. Governo descentralizado privado e limitado. Cultura pública. – Proteção contra o populismo e o rentismo. – Proteção ao investidor. Regra de lei e transparência. Os residentes terão segurança para estabelecer residência e para empreendimento. Em se tratando de realidade ainda não temos o resultado ideal, simples cortes de impostos não gera a prosperidade que nós libertários procuramos. Ingenuidade julgarmos que o cenário acima descrito não estaria livre de possíveis intervenções estatais. Mas o sonho de Liberdade é sim possível e possuímos atualmente vários modelos de cidades para que isso aconteça. Eles podem ser descritos como Zede ou ZEEs , LEAPs e Charters. Começaremos pelas ZEEs(Zonas Econômicas Especiais). Uma zona econômica especial é uma região com jurisdição especial que possui legislação econômica e fiscal diferente do restante do país com o objetivo de atrair investimentos e promover o desenvolvimento da região.   Shenzhen, Hong Kong, Cingapura e Dubai demostram que, que ao modernizar o conceito de governança, é possível que as regiões alcancem a prosperidade de forma rápida. Shenzhen, Hong Kong, Cingapura começaram praticamente da mesma forma em que tinham oferta de mão de obra local e barata e os investidores usufruíram de garantias não-intervencionistas. Atualmente são pólos de serviços alto valor agregado: administração, logística, tecnologia, comércio, sistema financeiro, produção para exportação e etc. Dubai possui sistema judicial independente (assim como Cingapura) e regulamentado internacionalmente, estrutura de direito comum, intercâmbio financeiro global, grande comunidade empresarial e etc. Breves números: Cingapura PIB per capita (1960): $428 USD PIB per capita (2018): $64.582 USD Hong Kong PIB per capita (1960):$5.700 USD PIB per capita (2018):$46.193 USD Shenzhen PIB per capita (1980): $137 USD PIB per capita (2018): $13.997USD Dubai PIB per capita (1980): $75 bilhões USD PIB per capita (2018): $689 bilhões USD Particularmente, os Emirados Árabes Unidos melhoraram drasticamente sua pontuação em direitos de propriedade, independência legal, ônus de regulação governamental, poder de proteção ao investidor, tamanho do mercado externo, número de dias e procedimentos para iniciar um negócio e práticas de contratação e demissão, entre outros componentes do Índice Global de Competitividade. Como observado acima, grande parte dessa melhoria pode ser atribuída à sua política de ZEE e à expansão da atividade econômica internamente. Baseado nesses resultados, o avanço no conceito de cidades privadas oferece uma série de reformas políticas em novas cidades para criar as instituições necessários para promover o crescimento econômico. Atualmente existem impedimentos para cobertura total das jurisdições, porém por meio de gestões privadas as reformas políticas podem efetivar melhorias profundas que seriam impensáveis com o atual modelo estatal. Existem mais de 3.000 Zonas Econômicas Especiais em operação em todo o mundo. 153 países, ou 80% de todos os países, já têm algum tipo de zona especial. Por esta razão, simplesmente criar uma zona com reduções fiscais e aduaneiras não é mais uma vantagem competitiva. Existem centenas de lugares no mundo par onde se possa ir pagar pouquíssimos impostos ou paraísos fiscais para fugir de impostos. Uma verdadeira vantagem competitiva requer mais. Exigem zonas que vão além, que abordem outros fatores que costumam dificultar o desenvolvimento. O economista Mark Klugmann disse que uma zona que só aborda o aspecto econômico é como uma cadeira com uma única perna. Não fica de pé. E, na verdade, é o caso: Muitos países subdesenvolvidos já têm impostos baixos. O que falta para eles são instituições respeitáveis, que possam garantir direitos de propriedade, fazer cumprir contratos, resolver disputas de forma justa e proporcionar segurança. Os países deveriam voltar as atenções para soluções para seus respectivos quadros institucionais. Zede ou ZEE incluem arranjos mais tradicionais como as Zonas Promotoras de Exportação (ZPE), em que o tratamento regulatório diferenciado envolve incentivos fiscais. As Charter Cities acrescentam a possibilidade de alterações regulatórias mais profundas. Michael Castle-Miller – Consultor de Governança para Zonas Econômicas Especiais e Cidades Altamente Autônomas- denominou essas alterações mais profundas de “jurisdições especiais”. As vantagens das operações privadas citadas no início fazem parte do modelo de negócio proposto pelas cidades LEAPs e cidades Charter. Klugmann propôs o conceito LEAP Zone. Uma LEAP Zone, como uma cadeira estável, tem quatro pernas: A Legal, a Econômica, a Administrativa e a Política. Ao levar em consideração todos esses aspectos, os países subdesenvolvidos seriam capazes de fazer o que é chamado de “salto institucional”. Um exemplo para se chegar um rápido entendimento dessa visão: países do terceiro mundo que não têm infraestrutura de telecomunicações não precisam seguir o mesmo caminho que os países desenvolvidos tomaram, primeiro criando a infraestrutura para telefones fixos e depois a infraestrutura para uso móvel. Em vez disso, eles podem saltar uma geração de tecnologia, utilizando diretamente comunicações móveis de primeiro mundo. Assim como os países do terceiro mundo podem “saltar” nas …

Cálculo Econômico

(escrito por Bruno L., com colaboração de João Vitor) “Tu ne cede malis, sed contra audentior ito” A frase de Virgílio, que Ludwig von Mises adotou como o motto de toda sua vida… “Não ceda ao mal, mas continue cada vez mais corajosamente contra ele.” Ludwig Heinrich Edler von Mises (29 de setembro de 1881 – 10 de outubro de 1973) foi um economista, historiador, lógico e sociólogo da Escola Austríaca. Mises escreveu e deu palestras extensivamente sobre as contribuições sociais do Liberalismo clássico. A Praxeologia é um estudo famoso sobre a ótica da ação humana comparando comunismo e capitalismo; revolucionou a compreensão do dinheiro, inflação e recessões; refutou exaustivamente os argumentos a favor do socialismo; e forneceu uma crítica devastadora das metodologias da economia convencional. Os seus estudos foram apreendidos pelos nazistas e depois vendidos aos comunistas (de irmão para irmão). Mises fugiu de seu país para não ser morto. Viajou na mala de um carro. Seus livros salvariam milhões de vidas. Chegou aos EUA sem saber inglês e escreveu “Ação Humana” de mais de 1000 páginas em inglês e se tornou sucesso mundial. Suas contribuições para a Escola Austríaca lançaram as bases intelectuais para pensadores como Hans H. Hoppe , Murray Rothbard e Israel Kirzner. Ele é considerado um dos pensadores econômicos e políticos mais influentes do século XX. [1] Entre muitos de seus feitos Mises conseguiu provar que alocar recursos sem a propriedade privada dos meios de produção é impossível. Em seu estudo em 1920 Mises assim descreve o controle dos meios de produção pelos planejadores centrais assim impossibilitando o cálculo econômico sob o socialismo: “Quando o marxismo proíbe solenemente que seus partidários se preocupem com problemas econômicos que vão além da expropriação, ele não está adotando nenhum princípio novo, uma vez que todos os utopistas, em todos os seus devaneios, também negligenciam quaisquer considerações econômicas mais profundas, concentrando-se exclusivamente em pintar cenários lúgubres para as atuais condições, e cenários fulgurantes para a era de ouro que virá como consequência natural dessa Nova Revelação. Quer se considere a chegada do socialismo como sendo um resultado inevitável da evolução humana, ou que a socialização dos meios de produção é a maior das bênçãos ou o pior dos desastres que pode acometer a humanidade, ao menos se deve consentir que uma investigação acerca das condições de uma sociedade organizada sobre os princípios socialistas é algo que vai um pouco além de ser apenas “um bom exercício mental, e um meio de se promover a clareza política e a consistência do pensamento”. Em uma época em que estamos nos aproximando cada vez mais do socialismo, e que até mesmo estamos, em um certo sentido, dominados por ele, uma investigação detalhada acerca dos problemas inerentes ao estado socialista adquire uma significância suplementar para a explicação do que está acontecendo ao nosso redor.”[1] Yuri Maltsev ¹, fez a seguinte menção honrosa acerca de Ludwig Von Mises e seu brilhante estudo: “Hoje, as consequências desastrosas da imposição dessa utopia na desventurada população dos estados comunistas já estão claras até para seus líderes.  Como Mises previu em sua introdução, a despeito da “quimera de suas fantasias”, os pombos assados acabaram não voando diretamente para dentro das bocas dos camaradas, ao contrário do que Charles Fourier havia dito que ocorreria.   E até mesmo de acordo com as estatísticas oficiais da URSS, 234 dos 277 bens de consumo básico incluídos pelo Comitê Estatal de Estatísticas na “cesta básica” da população soviética estão “em falta” no sistema de distribuição do estado. Todavia, os defensores ocidentais do socialismo ainda seguem repetindo a mesma ladainha sobre a necessidade de se restringir os direitos de propriedade e substituir o mercado pela “sabedoria” do planejamento central. Em 1920, o mundo negligenciou e rejeitou o alerta misesiano de que “o socialismo é a abolição da racionalidade econômica”. Não podemos nos dar ao luxo de repetir esse erro novamente.  Temos de estar sempre alerta a todos os esquemas que porventura possam nos levar a uma nova rodada de experimentos estatais sobre as pessoas e sobre a economia. “A propriedade privada dos fatores materiais de produção”, enfatizou Mises, “não representa uma restrição na liberdade de todas as outras pessoas poderem escolher o que melhor lhes convém. Representa, ao contrário, o mecanismo que atribui ao homem comum, na condição de consumidor, a supremacia em todos os campos econômicos.   É o meio pelo qual se estimula os indivíduos mais empreendedores de um país a empenhar a melhor de suas habilidades a serviço de todas as pessoas”. Que jamais voltemos a ignorar as constatações deste grande pensador, pelo bem da liberdade e das gerações futuras.”  O cálculo econômico, por si só, não foi feito para contradizer o socialismo, e é apenas um conceito dentro da lógica de funcionamento do capitalismo. Como se sabe, em sistemas de mercado pode-se livremente ofertar e demandar os mais variados tipos de bens de tal forma que não exista vigilância no quanto os indivíduos porventura queiram se beneficiar dessas trocas; i.e., o lucro ou o preço de melhor custo-benefício podem ser determinados de forma individual – o que abre margem para a determinação de médias entre preços que já foram anteriormente planejadas a partir de juízos de valor anteriores, feitos particularmente –, e os mais diversos bens passam a ter uma conversão monetária legitimamente equivalente ao valor das moedas; ainda específicas para a região do mercado em questão, já que as atuações analisadas são vinculadas à tal região. No socialismo, os bens de produção são coletivamente apropriados, o que impossibilita o estabelecimento de trocas entre indivíduos sem que todos os proprietários coletivos estejam de acordo; por isso que a única “saída” para os socialistas é planejar centralmente: na esfera de indivíduos, as relações econômicas estão engendradas e devem se basear em preços em desacordo aos desejos individuais e até mesmo contrários a eles – isso se ao menos existirem preços –, na tentativa de extirpar qualquer lucro existente. Um planejamento central (determinado grupo de políticos) não tem como prever …

O Colapso do Coronelismo

(escrito por Ronald) O Estado é uma gangue onde a política do interior é o túmulo das ideias. Em tempos passados, quando ainda eram utilizadas as células de papel, havia muitos mortos que votavam. Hoje, com o voto eletrônico, o eleitor morre caso ele vote na oposição. No entanto, agora não é preciso morrer formalmente: você pode ter seu emprego prejudicado, atrapalhando seu modo de vida e subsistência. Pode ser mal falado por demonstrar opiniões contrárias aos colegas de trabalho comprometidos com a prefeitura local. As Câmaras do interior, boa parte do tempo são quietas e coniventes, porque não há estímulo: estar na elite da sociedade, mesmo que seja numa sociedade pobre e sem acesso à educação, saúde e empregos dignos… Ainda é melhor do que ser como o povo e estar tão oprimido quanto. O problema é que uma cidade politicamente e economicamente oprimida, dependente de subsídios estaduais e federais, sem uma economia própria e constantemente em déficit, cobra um preço alto a longo prazo. Uma das coisas mais tristes que ouvi em certa cidade foi ouvir de uma mãe que ela já se conformou com o fato de que a filha terá a mesma vida. A filha engravidou na mesma idade e o redor continua igual: sem saneamento, água de poço, sem ônibus, hospital, nem mesmo a maternidade para parir a nova criança. Da modernidade veio o tráfico, o TikTok e a cultura progressista, enquanto o analfabetismo, o trabalho infantil, o asfalto, a falta de energia nos levam novamente ao Brasil dos anos de cabresto. Apesar disso, observamos grandes propagandas das prefeituras do interior com fotos dos atuais eleitos, como se o futuro tivesse chegado ou estivesse prestes a chegar… E sim, é o futuro… Das suas campanhas. O eleito tem a máquina e precisa produzir o máximo de conteúdo para mostrar serviço. Utilizam músicas religiosas em postagens com semblante sério, como se houvesse um grande trabalho parlamentar, sendo que, na verdade, a produção de leis e reformas é pífia. Muitos de seus governantes (e agora, não só do interior) não sabem o que é a LOA, o PPA ou a responsabilidade fiscal. Veja que a Câmara, em poucas semanas, se tornará, em muitos aspectos, um grande comício para vereadores e prefeitos fazerem propaganda antecipada. É ano de eleição. É o tempo em que situação e oposição se movimentam. Com tudo isso, o interior é o túmulo das ideias e o Brasil é o túmulo das pautas. É um remendo parasita que utiliza qualquer ideologia de forma cínica para obter vantagens políticas e econômicas. Não à toa, existe um movimento para substituir boa parte dos antigos cargos públicos estatutários por contratos. Não por eficiência liberal, com a qual concordo que deveria haver, mas a motivação principal é fortalecer cada vez mais o poder político e sufocar os indivíduos, tornando o próprio emprego da oposição refém. Em outras palavras, para ser contratado, é necessário ser amigo do Estado, e para ser amigo do Estado, é preciso apoiar quem está eleito. O Estado nunca cortará em sua própria carne a diminuição do seu poder. A principal função da estabilidade no funcionalismo público é você não ser atingido por pressões políticas. É conveniente, nesse sentido, o Estado Coronel ser “liberal” na economia para entregar contratos como uma rifa para parentes e a quem for conveniente. No entanto, não é conveniente ao Estado Coronel abraçar a liberdade política e ser transparente com seus gastos, concentrar menos poder, deixar o processo democrático ocorrer normalmente, a separação do funcionalismo da política eleitoral e garantir a liberdade individual para apoiar ou deixar de apoiar quem quiser. A liberdade tem que ser inteira. O coronelismo levou à corrupção e ao abuso de poder, pois por muitos anos os líderes utilizaram recursos públicos para seus próprios benefícios, desviando verbas ou favorecendo seus apoiadores. Violando os princípios da liberdade individual, política e econômica. É importante buscar formas de combater e superar esse sistema para garantir uma sociedade mais justa e livre. Caso contrário, todas as lutas recentes serão para aumentar o poder violento do Estado e o colapso econômico eminente. LOA – LOA significa “Lei Orçamentária Anual” no orçamento público. É a lei que estabelece as receitas e despesas do governo para um ano específico. PPA – Plano Plurianual (PPA) é um instrumento utilizado pelo governo para estabelecer metas e programas a serem desenvolvidos ao longo de médio prazo, geralmente quatro anos, no orçamento público.

Por Que O Fraguismo É Uma Religião?

Vida, propriedade e liberdade. Olá. O objetivo deste curto trabalho é expor as razões pelas quais o Fraguismo se constituiu em religião. Para iniciarmos a compreensão do tema eleito, nos parece razoável que busquemos a definição do vocábulo “religião”. Não é surpresa a ninguém que a palavra “religião”, embora seja corriqueiramente utilizada, tenha consenso bastante difícil em torno de seu significado – seguramente, por conta da natureza transcendental do que a religião aborda. Então, escolhemos analisar o Fraguismo sob o lume da expressão dicionarizada do termo. Conforme consulta ao Dicionário Oxford Languages (o qual proporciona as definições de palavras adotadas pelo Google em Português Brasileiro) realizada nesta data, religião é: 1. crença na existência de um poder ou princípio superior, sobrenatural, do qual depende o destino do ser humano e ao qual se deve respeito e obediência; 2. postura intelectual e moral que resulta dessa crença. Agora, para comparar com a definição, o nosso histórico fraguista. Quando estávamos nas primeiras reuniões que levaram à institucionalização do Fraguismo, percebemos que aquilo que nos unia superava conceitos econômicos, políticos e jurídicos, e constituía realmente uma crença. Enquanto coletividade, acreditamos no Criador, sobrenatural, embora enxerguemos com absoluto respeito aqueles que não compartilham de nossa visão. Também acreditamos no Princípio da Não-Agressão (PNA) como norma fundamental a nortear as relações humanas. Desse poder (o Criador) e desse princípio (o PNA) acreditamos que dependam o destino do ser humano, e a eles devemos respeito e obediência. Contudo, quando dizemos que “o destino do ser humano depende”, não enxergamos uma estática relação de causa e efeito entre o Criador e as criaturas, ou seja, nós. Ao contrário, não somos fatalistas. O que queremos dizer é que as dinâmicas da vida de quem respeita o PNA acontecem de forma mais natural, pois é dele que decorrem todos os direitos que norteiam o bom viver, como à Vida, à Propriedade e à Liberdade. Acerca da segunda definição proposta (“postura intelectual e moral que resulta dessa crença”), está o nosso senso de comunidade. Intelectualmente, nos reunimos regularmente, para, com alegria, compartilharmos nossas visões e os resultados de nossos esforços em prol da nossa comunidade. Discutimos os temas que nos são caros, como os nossos Princípios Fundamentais, e também formas de que nossa comunidade mantenha sua vivacidade e união. Para nosso contínuo aperfeiçoamento, estabelecemos o Curso de Formação Fraguista, que visa compartilhar com nossa comunidade o conhecimento do que nos levou a pensar como pensamos e a ser como somos. Moralmente, retomamos o respeito pelo PNA sempre, como balizador das decisões mais corriqueiras e régua para os julgamentos mais difíceis. Como comunidade comprometida com o PNA, também nos apoiamos – estimulamos negócios entre nós e o nosso crescimento conjunto. Fielmente acreditamos que seja desejável apoiar iniciativas e dar oportunidades aos compromissados com o PNA, e é o que fazemos, e, quando nos mantemos unidos, somos mais fortes. Ainda quanto aos nossos aspectos primeiros enquanto religião, é de se notar que nós não fazemos apologia ou culto a Daniel Fraga. Com efeito, da mesma forma que os luteranos não cultuam a Lutero e os calvinistas não cultuam a Calvino, e, também, os anglicanos não cultuam ao rei da Inglaterra, os fraguistas não cultuam a Fraga. O papel de Fraga na nossa instituição é de inspirador, de alguém que enxergamos como disseminador de conhecimento sobre o PNA. De fato, entre nós, não há e não é estimulada adesão cega a tudo a que Fraga prestou homenagem. Não há tentativa de convencer ninguém a adorar a Fraga. Ele nos serve como recordação de que o PNA existe e é possível viver por ele, mas é um ser humano como nós, com defeitos e qualidades, e, institucionalmente, é enxergado exatamente em tal condição. Por serem nossos diálogos sempre bastante francos, o entendimento conjunto do que compartilhávamos nos levou a uma profunda reflexão, e entendemos éramos uma religião, e deveríamos nos organizar como tal – e o fizemos. Os caminhos da vida religiosa não são fáceis, mas temos superado os desafios que se apresentam, e crescemos no processo. Podemos dizer que, hoje, estamos melhor que ontem, e temos a firme convicção de que um futuro auspicioso nos aguarda. Esperamos que as explanações tenham sido proveitosas. Vida, propriedade e liberdade.

Como o Fraguismo Concebe Deus?

Vida, propriedade e liberdade. Olá. No seio de nossa comunidade, eventualmente surgem diálogos abordando os aspectos teológicos da nossa organização fraguista. Entre tais temas, que domesticamente chamamos “questões religiosas”, há um que é especialmente profílico em suas aparições: como o Fraguismo concebe Deus? Nos parece que, para responder a essa questão de forma satisfatória, é necessário (e deve ser feito antes) efetuar alguns apontamentos sobre o Teísmo. “Teísmo”, como é corrente, é o termo referente à doutrina que afirma que Deus existe, e, mais, que atua no mundo de forma eficiente, conforme seus desígnios. Ser teísta, portanto, é uma posição que pode ser desdobrada em duas afirmações: 01. “Deus existe”; e 02. “Deus atua no mundo (de forma eficiente)”. Quanto à primeira afirmação (“Deus existe”), a resposta é a de que o Fraguismo concebe a existência de Deus. Os argumentos teológico-filosóficos para tal afirmação são muitos, e se renovam e se acrescentam a cada vez em que temos nossas carinhosas discussões a respeito, passando pelas Cinco Vias de São Tomás de Aquino e as três provas “a priori” de René Descartes. Isto quando estamos apenas nos argumentos, digamos “racionais” – que são dispensáveis “in totum” quando a fé individual comprova plenamente a existência de Deus. A respeito da segunda afirmação (“Deus atua no mundo(…)”), a resposta é a de que o Fraguismo reconhece que Deus (cuja existência já foi reconhecida) atua no mundo. A respeito dessa atuação, nossas argumentações fraguistas são mais, digamos, “discretas”, e a “atuação inteligente” (voluntária) de Deus é bastante citada no contexto de sua existência: “Deus existe, porque fez (…)”. É compreensível que seja assim, pois a simples procura pela expressão “Deus atua no mundo” no buscador do Google dá mais de duas mil e quinhentas respostas! É interessante notar como a “questão religiosa” da existência de Deus é bastante presente em nossa comunidade, e, inclusive, possui uma decorrência citada por todo Fraguista, quando, em seu momento solene, inicia a Oração Fraguista com a afirmação de que “pelo desejo do nosso Criador, nascemos todos livres”. Ora, se nascemos todos livres “pelo desejo do nosso Criador”, é porque o nosso criador (que existe) desejou (ou seja, teve vontade e norteou sua atuação eficiente) para que assim fosse. A a Oração Fraguista segue: “nosso direito, imutável pela vontade humana, é o natural”. A Oração reflete nosso entendimento: o Direito Natural é imutável pela vontade humana, pois é dádiva do Criador (que existe, e atua). E, além da Oração Fraguista, é possível encontrar traços da mesma inteligência na Oração de Início da Ágora Fraguista, quando informa que “somos todos iguais e nossos direitos vêm do nosso Criador”. Perceba-se, também, que o Fraguismo é uma religião monoteísta (uma outra “questão religiosa” sobre a qual os fraguistas gostam de se debruçar); afinal, nascemos todos livres “pelo desejo do nosso Criador”, e não “dos nossos Criadores”, conforme a Oração Fraguista, que já citamos. Bem, tendo essas “questões religiosas” bem pontuadas, é importante esclarecer o uso do termo “Criador” como referência a Deus. Nosso objetivo aqui foi o de preservar o íntimo da fé que deve se manter individualizado, vivente e em harmonia com o próprio coração do fiel. Como comunidade, reconhecemos duas coisas: a primeira é o fato de não termos todas as respostas; a segunda é a verdade de que “a menor minoria na Terra é o indivíduo” (Rand). Assim, optamos por nomear, coletivamente, “aquele que Cria”, à entidade fundamental. Nada impede, entretanto, que fraguistas que compartilhem visões religiosas de forma mais específicas se unam em linhagens, entrelaçando tais visões com nossos Princípios Fundamentais. A pontuação final que desejamos fazer é que o Fraguismo não deixa de acolher e dar guarida e voz para aquele que nos procurar, mesmo que seja ateu ou ainda esteja buscando entendimento, caso ele respeite e tenha compromisso com nossos Princípios Fundamentais (Não-Agressão, Lei Natural, Propriedade, Liberdade, Voluntariedade, Boa-Fé, Responsabilidade pelas Escolhas Individuais, Atividade Produtiva e Comércio). O Fraguismo considera que essas pessoas, embora não compartilhem a crença em Deus, possuem muito a compartilhar, e podem encontrar na nossa comunidade um espaço em que esteja, discutam, aprendam, ensinem, cresçam e criem laços, encontrando e vivendo seu caminho. Além de acolhidas, não serão julgadas pela forma como pensam, mas sim por suas palavras e atitudes – que podem conduzir ao desempenho de trabalhos de importância e ao reconhecimento pelos membros de nossa comunidade, inclusive. Esperamos que as explanações tenham sido proveitosas. Vida, propriedade e liberdade.

Liberdade versus
estabilidade

O livro O Caminho da Servidão do economista Friedrich Hayek, publicado no ano de 1944, é considerado, pelo crítico literário e biógrafo britânico Martin Seymour-Smith, como um dos cem livros que mais influenciaram a humanidade em todos os tempos. De fato, o livro é de uma sensatez impressionante e de uma reflexão imensurável. Alguns capítulos, como Por que os piores chegam ao poder?, Quem, a Quem? e O Fim da Verdade, poderiam, por si sós, estarem entre os escritos mais importantes dos últimos duzentos anos. Este presente artigo, contudo, se limitará a uma reflexão sobre o capítulo Segurança e Liberdade do livro de Hayek e fará uma analogia com a atual sociedade brasileira, onde muitos cidadãos possuem como meta de vida a estabilidade de emprego, ou mesmo se agarram a sofismas como “direito adquirido”, “reajustes obrigatórios” ou “adicional por tempo de serviço”. Todas as pessoas que têm esses sonhos e conceitos em mente deveriam ler o livro O Caminho da Servidão, ou, pelo menos, o capítulo Segurança e Liberdade. Todos nós gostaríamos de ter estabilidade econômica, isto é, uma renda periódica que nos garantisse uma qualidade de vida adequada com a qual já estamos acostumados, de forma que pudéssemos pagar por alimentação, moradia, saúde e outras quesitos sem se preocupar em dar satisfação ao chefe, trabalhar incansavelmente todos os dias e ficar preocupado sem saber se seremos demitidos ou não. A pergunta que se faz, então, é: “É possível uma sociedade onde todos os cidadãos tenham essa tão sonhada estabilidade econômica?” Responderei no final do artigo, mas antes, cabem algumas considerações. Não há nada de errado em buscar a segurança econômica limitada, isto é, trabalhar, empreender e poupar durante um determinado período de tempo até acumular um patrimônio que lhe permita ter razoável previsibilidade de que você poderá viver até o resto de sua vida sem trabalhar ou, pelo menos, sem trabalhar o tanto que você trabalhou até formar esse determinado patrimônio. Logicamente, essa segurança econômica será limitada: se você viver mais do que previa ou se seu patrimônio não for bem administrado, todos os seus recursos poderão se exaurir e você, novamente, terá de trabalhar para sobreviver, sob insegurança e incerteza. Já a estabilidade econômica ilimitada não pode ser obtida por meio do trabalho, empreendedorismo e poupança. Sempre haverá o risco de você perder seu patrimônio acumulado se ele não for bem administrado, independentemente do valor. Por outro lado, a atual sociedade brasileira é acostumada a conceder segurança econômica ilimitada a determinados servidores públicos, como juízes, promotores, procuradores, auditores fiscais, militares, professores, profissionais da saúde e outros. A concessão dessa segurança ilimitada é feita por meio de lei, isto é, utiliza-se da força ou ameaça da força sobre outras pessoas para que esses servidores públicos tenham sua estabilidade garantida. O salário dos servidores públicos é pago por meio da arrecadação de impostos, isto é, retira-se o dinheiro produzido pelos demais membros da sociedade com o objetivo de garantir renda estável a esses servidores. Contudo, a renda dessas demais pessoas não é estável. Por exemplo, não é possível acertar com precisão quais serão a receita e lucros futuros obtidos por um restaurante. Isso dependerá de se os clientes continuarão gostando da comida servida, dependerá do preço da carne, do arroz e de diversos outros fatores. Portanto, o valor pago de impostos por um restaurante ao Estado será variável e incerto e o mesmo é válido para todas as outras empresas, independentemente do setor. Dessa forma, apesar de a despesa de pessoal do poder público garantir a estabilidade de salário e emprego a determinados servidores, a receita obtida pelo poder público sempre será instável. Se houver frustração de receita, o Estado terá de emitir dívida (afetando o custo do crédito por meio do aumento da taxa de juros), imprimir dinheiro (gerando inflação) ou atrasar outros pagamentos para garantir a estabilidade a esses servidores. Todas essas ações geram instabilidade para quem trabalha no setor privado, que terá de rever suas estratégias de negócio, reduzir o endividamento, rever projeções de venda e custos, dentre outras providências. Portanto, a estabilidade dos trabalhadores do setor público só pode ser obtida por meio do aumento da instabilidade dos trabalhadores do setor privado. A lei brasileira não se limita a impor segurança ilimitada para determinados grupos de servidores públicos; ela também tenta impor segurança limitada para trabalhadores da iniciativa privada. A legislação trabalhista, por meio do seguro desemprego, FGTS, multa sobre o saldo do FGTS, salário família e outros programas sociais, tem como objetivo garantir que o trabalhador tenha uma renda mínima caso perca seu emprego, ou seja, trata-se da concessão, por meio da lei, de certa segurança limitada. O fato de uma pessoa ter grande redução de seus rendimentos de uma hora para outra causa amarga frustração, desestabiliza a família e ofende o senso comum de justiça. Dessa forma, a reivindicação das pessoas assim prejudicadas, de que o Estado intervenha a seu favor, ganha amplo apoio popular e simpatia. No Brasil, isso se reflete nos programas sociais citados no parágrafo anterior. Contudo, se, por um lado, queremos estabilidade de renda e emprego, por outro lado, somos totalmente dinâmicos e instáveis no que tange ao nosso comportamento como consumidores. Queremos sempre o melhor e mais barato produto ou serviço. Se em um supermercado a carne está R$60/kilo e no outro R$40/kilo, da mesma qualidade, não hesitamos em comprar no segundo. Sempre quando um novo produto melhor e mais barato surge, abandonamos o velho, sem dó, nem piedade. É estranho o fato de as pessoas agirem com complacência e compaixão quando algum amigo perde o emprego, sem perceber que provavelmente foi a mudança no seu padrão de consumo que levou à demissão de seu amigo. A estabilidade no consumo é evidentemente impossível. Somos seres ativos e dinâmicos, estamos sempre querendo melhorar a nossa qualidade de vida ou, pelo menos, não piorar. Sempre iremos agir de forma a escolher um produto ou serviço que satisfaça as nossas necessidades e custe o menor valor possível. Quando uma nova empresa entra no mercado, oferecendo produtos mais baratos e de melhor …

O que é o Libertarianismo?

O libertarianismo é uma filosofia individualista que tem como um de seus pilares principais aquilo a que muitos chamam princípio de não agressão. O princípio de não agressão (PNA) defende que cada indivíduo, tanto quanto não inflija dano a terceiros, pode decidir de forma autônoma o que é melhor para sua própria vida. Isso implica em respeitar os direitos naturais de cada pessoa, como a vida, a liberdade e a propriedade. Nesse sentido, o libertarianismo se opõe a qualquer forma de coerção ou violência que viole esses direitos, seja por parte de outros indivíduos, grupos ou do Estado. O libertarianismo tem suas raízes no liberalismo clássico, que surgiu no século XVII com pensadores como John Locke, que defendia a ideia de que os indivíduos possuem direitos inalienáveis e que o governo deve existir apenas para protegê-los. No entanto, o libertarianismo vai além do liberalismo ao defender um Estado mínimo ou mesmo a sua abolição total. Para os libertários, o Estado é uma instituição que usa a força para impor suas leis e tributos aos cidadãos, violando assim sua liberdade e propriedade. Além disso, o Estado é visto como ineficiente e corrupto, incapaz de prover bens e serviços de qualidade para a sociedade. Por isso, os libertários defendem o livre mercado como o melhor sistema econômico para garantir a prosperidade e o bem-estar das pessoas. No livre mercado, os indivíduos podem trocar livremente seus bens e serviços sem interferência do Estado ou de monopólios. Assim, os preços são determinados pela oferta e demanda, os consumidores têm mais opções e qualidade, e os produtores têm mais incentivos para inovar e competir. Os libertários também defendem a liberdade de expressão, de associação, de religião e de escolha pessoal em todos os aspectos da vida. O Que um libertário acredita? Alguns dos principais pensadores que influenciaram o libertarianismo foram: