(escrito por Bruno L.)
Eu li essa semana a opinião de uma pessoa criticando consumidores de Heineken e e Stella
afirmando que os mesmos o faziam por causa de status social e não pelo sabor da cerveja. A
turminha da lacração se incomoda com tudo que é diferente de sua bolha histérica. Politizam e
enxergam guerra de classes em tudo: em tomar banho e ficar cheiroso, em curtir personagens
de HQs como o Batman, em buscar malhar e cuidar do corpo, em ser feliz, em ir à igreja e etc.
Esses seres autoritários e convencidos acreditam serem superiores moralmente aos demais e,
consequentemente, supõem terem o direito de mandarem e exigirem obediência,
determinarem padrões, escolhas e comportamentos alheios embora não tenham competência
para tal e fujam das responsabilidades e riscos nas horas mais críticas.
Pois é. Sobrou agora para quem bebe cerveja Heineken, Stella, Spaten ou qualquer outra
cerveja importada que tenha garrafinha verde. Incrível que para essa gente temos que ter as
mesmas vontades, objetivos, valores e preferências.
O indivíduo faz a escolhas segundo seus próprios critérios e isso não pode ser tratado de forma
objetiva. Eu gosto de Heineken, uns gostam de Brahma, outros gostam de Itaipava. Conheço
um cara que ama beber a Glacial… e assim fazemos ao escolhermos roupas, passeios,
refeições, viagens, empregos, carros e etc. Somos todos diferentes. E está tudo bem quanto a
isso.
Incrível que tudo que ele descrevia era como se fosse uma constatação absoluta, o sujeito por
meio de seu provincianismo desferiu “pontapés” nos consumidores das cervejas de garrafinha
verde legando faltar-lhes instrução, que beber socialmente era algo atrelado á preocupação
com status, que a maioria das pessoas desconheciam cervejas artesanais, que não se importar
com marcas de cerveja seria o correto comportamento de um bom apreciador de
cerveja…enfim…por várias vezes chamou os consumidores das cervejas de garrafinha verde de
dublês de ricos por estarem mais preocupados em “luxar” do que degustar.
Percebi militância e inveja.
Em pleno século XXI o sucesso ou prosperidade alheia virou ofensa e a inveja se normalizou e
se tornou arma política.
Irei descrever o valor ser subjetivo para cada ser humano e em seguida irei pontuar sobre a
inveja que no caso foi direcionada aos consumidores que se deixam levar pelo verde da
“vaidade”.
Valor Subjetivo
A economia como ciência moral demonstra isso muito bem através de muitos pensadores
economistas favoráveis ao livre mercado:
David Hume define o prazer de um indivíduo ao adquirir item desejado: “Os objetos não
possuem nenhum valor em si mesmos, absolutamente; o seu valor resulta exclusivamente da
paixão”. E esta, naturalmente, será sempre subjetiva, irá depender de cada indivíduo. O que
um estima, o outro pode detestar. O verdadeiro “equilíbrio” será atingido sempre que as
partes realizam uma troca voluntária, já que naquele determinado momento, julgam-na
mutuamente benéfica. Ao longo de nossa caminhada podemos mudar de idéia quanto ao valor
que um determinado bem tem para nós, é o que nos diferencia dos robôs.
Mises, em seu clássico Human Action (páginas 43 e 44), descreve as escolhas individuais de
forma brilhante e categórica:
“…uma vez que ninguém tem condições de substituir os julgamentos de valor de um indivíduo
pelo seu próprio julgamento, é inútil fazer julgamentos dos objetivos e das vontades de outras
pessoas. Ninguém tem condições de afirmar o que faria outro homem mais feliz ou menos
descontente. Aquele que critica está informando-nos o que imagina que faria se estivesse no
lugar do seu semelhante, ou então está proclamando, com arrogância ditatorial, o
comportamento do seu semelhante que lhe seria mais conveniente.”
Uma obra de Loenardo da Vinci pode ser mensurada pelo que foi gasto com papel, tinta e
lápis? O preço do passe do Neymar é pelo tempo que ele passou dentro de um clube, com o
que o clube gastou com alimentação, transporte, chuteiras e não pela habilidade e capacidade
de ser imprevisível e genial com a bola nos pés?
A quantidade de trabalho que é executado por uma pessoa em nada diz sobre o valor final do
que ela produz. Este irá depender das preferências dos consumidores, da avaliação subjetiva
que estes fazem no livre mercado. Por isso caras como Neymar, CR7, Messi e outros podem
ganhar milhões e um professor acabar pobre. Por isso teoria valor -trabalho não funciona
assim como dizer que todos os seres tem as mesmas preferências e objetivos, ou os mesmos
padrões de comportamento como no caso de todos que escolhem a cerveja de garrafa verde
não ser pelo sabor e sim pelo fato de desejarem se exibir. Pensar dessa forma sobre as pessoas
é no mínimo mentecapto.
A Inveja
Gary North disse:
Uma pessoa consumida pela inveja compara o que tem com o que têm os de outro CEP, e
amaldiçoa o universo porque não fez o mesmo. Não podendo fazer nada sobre o universo, ele
se contenta em votar em políticas que tirarão a vantagem que os moradores do outro CEP
possuem.
Quando pessoas de talentos variados perseguem seus objetivos de forma responsável, sem
recorrer à fraude ou à violência, o resultado é a desigualdade. Por que? Porque as pessoas têm
habilidades, capitais, experiências, posses e oportunidades diferentes.
Simples.
Por fim, vivemos em um mundo onde atualmente os fracassados querem que os outros sejam
punidos por suas péssimas escolhas. Querem impor a sua ideologia fracassada que nunca
funcionou economicamente e socialmente. Coletivismo e positivismo querem determinar
pensamento e preferências. Como dizia Mises, todo socialista é um ditador em potencial.
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